• Tempo quente aumenta a proliferação de carrapatos

    Tempo quente aumenta a proliferação de carrapatos
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    Eles são pequenos, provocam coceiras nos cães e transmitem dezenas de doenças. Nesta época do ano, com as temperaturas mais altas, acontece com mais frequência uma proliferação dos insetos. E o carrapato, que gosta de se alimentar de sangue quente, também não perde a oportunidade.

     

    Em Toledo, a Secretaria de Saúde recebeu notificações de que em algumas regiões da cidade, principalmente no Centro, havia um número maior de cães infestados com carrapatos. A notificação não foi de casos de pessoas apresentando os sintomas das doenças do carrapato. Mas vale o alerta para evitar os problemas que esse inseto tão pequeno pode trazer para animais domésticos e para o ser humano.

     

    DOENÇAS
    Há várias doenças originárias do carrapato e elas se manifestam de acordo com a espécie do inseto. As principais são a febre maculosa, doença de lyme e a febre recorrente. Febre maculosa apresenta sintoma como febre alta e másculas, que são manchas avermelhadas no corpo e ela é transmitida pelo carrapato amarelo. Em média, uma semana após a picada a pessoa apresenta febre, dor de cabeça, dor articular, náuseas e vômitos.

     

    A doença de lyme é transmitida pelo carrapato marrom e os sintomas são basicamente febre, dor de cabeça, fadiga, mancha vermelha pelo corpo, que parece olho de boi. A febre recorrente também apresenta mal estar, aumento da frequência cardíaca e dura de três a seis dias, e depois volta.

     

    O médico da atenção básica Fernando Pedrotti alerta que a população deve ficar atenta a esses sintomas. “Eles são muito parecidos com os sintomas da dengue. Então podem ser confundidos facilmente”, cita Pedrotti. A recomendação é para procurar atendimento médico logo que esses sintomas aparecerem para um diagnóstico correto e um tratamento eficaz.

     

    CUIDADOS
    O médico Fernando Pedrotti reforçou que a partir do momento que a secretaria teve a informações do aumento de carrapatos na cidade, a vigilância de saúde fez um trabalho de orientação e verificação dos locais onde apresentavam maior índice. Mas ele garante que são situações pontuais.

     

    Para evitar a proliferação do carrapato é necessário cuidar do animal de estimação e do ambiente onde ele vive, segundo o médico veterinário Luis Guilherme Pastre Herkert. “Algumas medidas adequadas de higiene como manter limpo a casinha do cachorro e o terreno onde ele vive. Se tiver grama ela deve estar aparada e toda vez que o animal for passear, na volta é bom vistoriar para ver se ele não pegou algum carrapato”, conta o médico veterinário.

     

    E é nessa busca que alguns erros acontecem. Para retirar o carrapato do animal de estimação, é preciso estar com uma luva e com o auxílio de uma pinça retirar o inseto inteiro, e não com a mão.

     

    Para casos mais graves de infestação, existem vários tratamentos que podem ser feitos em casa ou num pet shop. E de vez em quando é importante dedetizar o local garantindo que grama, frestas na parece e no piso estejam livres de carrapatos e dos ovos depositados ali. “Você vai tratar o animal de estimação, os insetos vão morrer, mas como o ciclo do carrapato continua, se não acabar com os ovos depositados nesses locais, ele poderá subir novamente no animal de estimação”, finaliza.

     


    Fonte: Jornal do Oeste

    Foto: Pixabay

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