Problemas causados por formigas urbanas

As formigas urbanas são aquelas que vivem em associação com as atividades humanas nas cidades, listadas entre os três tipos de insetos mais comuns nessas áreas, sendo os outros dois as baratas e os cupins. Apesar de parecerem inofensivas, sua alta densidade populacional pode gerar problemas ecológicos e sanitários. 

Elas não são apenas numerosas, mas também pertencem a diversas espécies, de maneira que cada uma gera problemas específicos e exige medidas de manejo diferentes, a depender do contexto de infestação. Assim, é importante que profissionais do controle de pragas urbanas compreendam essa diversidade para ser possível aplicar medidas adequadas com o objetivo de evitar os danos que as formigas podem causar aos seres humanos.

Este artigo visa apresentar as espécies de formigas que vivem em ambiente urbano e que são consideradas pragas, para que se possa realizar um controle consciente.

Espécies de formigas urbanas consideradas pragas no Brasil
A urbanização cria um ambiente propício para que as formigas convivam com os humanos, pela alta disponibilidade de água e alimento que uma cidade fornece. 

Estudos revelam que o índice de ocorrência de formigas em áreas com atividade humana é de 38%, com a identificação de 32 espécies. Entre elas, algumas são consideradas nativas, outras, urbanas, ou seja, foram introduzidas no ambiente por conta da construção de espaços urbanos em regiões tropicais.

Entre essas espécies de formigas, 19 têm potencial para gerar problemas graves e 5 estão entre as piores espécies invasoras, em contexto global, ou seja, têm a característica de ocupar novas áreas, pois se adaptam a diferentes ambientes, competindo com espécies nativas.  No Brasil, duas se destacam pela alta ocorrência e ampla distribuição: Tapinoma melanocephalum (formiga-fantasma) e Paratrechina longicornis (formiga-louca).

Algumas dessas invasoras podem ter as seguintes características:

• vivem em associação com o ser humano, em locais adequados para a construção de ninhos e com fácil acesso a alimento;
• dão preferência para regiões com alta atividade humana, pois a competição com outras espécies de formigas é menor;
• apresentam hábito de migração, com tendência de mudar o ninho de lugar com frequência, ocupando novas áreas;
• têm alta capacidade de dispersão;
• são agressivas na competição com espécies de formigas nativas, desalojando-as e causando desequilíbrio ambiental;
• podem fragmentar a colônia (sociotomia), aumentando sua dispersão, por possuírem mais de uma rainha;
• são espécies de tamanho pequeno, normalmente entre 2 e 5 mm, o que possibilita que habitem estruturas urbanas sem que se perceba sua alta densidade populacional.

No Brasil, além das já citadas anteriormente, as principais espécies de formigas urbanas invasoras são: Monomorium floricola (formiga doceira); M. pharaonis (formiga faraó); Pheidole megacephala (formiga cabeçuda). 

Há ainda, as formigas urbanas nativas, entre as quais se destacam: Linepithema humile (formiga argentina); Camponotus spp. (formiga carpinteira); Nylanderia fulva (formiga cuiabana); Crematogaster spp. (formiga acrobata); Solenopsis spp. (formiga lava-pés); Wasmannia auropunctata (pixixica).

Já foram catalogadas mais de 16 mil espécies de formigas no mundo todo, mas poucas são consideradas pragas urbanas, pois, para isso, devem realizar pelo menos uma das seguintes ações:

• ocasionar incômodo aos seres humanos;
• ferroar como modo de defesa;
• causar danos em bens materiais;
• veicular patógenos causadores de doenças.

Diante disso, as formigas-cortadeiras, apesar de não seguirem todos os quatro critérios, ocupam áreas de vegetação nas cidades ou nas proximidades, sendo uma praga alarmante pela alta capacidade de gerar danos econômicos na agricultura. Assim, plantações urbanas, jardins, produções de plantas ornamentais, canteiros públicos e outros podem ser gravemente afetados pela ação dessas formigas do gênero Atta e Acromyrmex.

Quais problemas as formigas podem causar enquanto pragas urbanas?
Diversas, numerosas e desafiadoras para o controlador de pragas, a infestação de formigas pode causar grandes problemas que afetam a saúde da população, a infraestrutura das construções e a economia. De maneira geral, é possível destacar:

• redução da biodiversidade local, devido à presença de espécies invasoras;
• danos estruturais, quando há ninhos instalados próximos a construções, como residências, prédios, pontes, ruas e estradas;
• danos em plantas para comercialização, pelo corte das folhas (formigas-cortadeiras) ou pela simbiose com fungos que cobrem a área foliar;
• intoxicação devido ao veneno introduzido pela ferroada, podendo ocasionar ferimento no local da picada, reação alérgica ou paralisação momentânea do membro;
• risco à saúde pública quando há infestações de formigas em hospitais, servindo como vetores mecânicos de patógenos;
• prejuízos econômicos em comércios e residências, por causarem perdas de alimentos, danos em eletrodomésticos e em móveis;
• impactos emocionais pelo incômodo causado por altas infestações.

Por esses e outros motivos, um controle de formigas assertivo é fundamental para a população, de maneira que o controlador de pragas urbanas precisa não só conhecer as espécies com as quais está lidando, mas também as melhores ferramentas para viabilizar bons resultados.

Qual o melhor produto para controlar formigas de diversas espécies?
É preciso escolher um que seja eficiente e registrado para formigas. O uso inadequado de inseticidas nas cidades pode não só gerar riscos à saúde, como também não ser eficiente para atingir os objetivos. Não é incomum que a ação para reduzir um foco de formigas acabe por induzir a disseminação daquela população de insetos e multiplicar os focos, agravando o problema.

É importante frisar também que, além de utilizar produtos de alta performance para o controle de formigas, é fundamental contar com uma equipe especializada para aplicação do produto.

Por isso, conheça nosso portfólio para o controle de formigas e demais pragas urbanas.

Foto: Pixabay
Fonte: www.syngentappm.com.br