Conheça as doenças transmitidas pelos pombos

Também conhecido como pombo doméstico ou como pombo das rochas, este animal pode ser branco, marrom ou cinzento. As diferenças entre machos e fêmeas são pouco visíveis e geralmente eles são monogâmicos, tendo em média dois filhos a cada ninhada.

Eles são caracterizados em geral por reflexos metálicos na cabeça, nos pés e também nas plumagens. O bico é pequeno e em formato de gancho O habitat natural envolve ambientes abertos, sendo que são há muito tempo criados por asiáticos.

Hoje em dia são considerados animais sinantrópicos. Como não existem nas grandes cidades predadores e a reprodução é rápida, a população de pombos é cada vez maior. Este é um grave problema para o homem, visto a enorme quantidade de doenças que podem ser transmitidas por eles.

Estas aves são mansas e foram introduzidas no Brasil no século XVI. Vivem em centros urbanos devido à facilidade de encontrar abrigo e alimento e à falta de predadores naturais. O tempo de vida de cada pombo é de, em média, 3 a 5 anos. Em condições silvestres eles podem viver até mesmo 15 anos. Apesar de serem mansos, abrigam uma série de parasitas nocivos à saúde humana. Precisamos, portanto, saber lidar com estes animais.

Quais doenças são transmitidas por pombos?
As principais doenças transmitidas por pombos são a criptococose, a histoplasmose, a ornitose, a salmonelose, as dermatites e uma variedade de alergias. A criptococose é uma espécie de micose profunda que ataca o sistema nervoso central. A histoplasmose é caracterizada também como uma micose profunda, porém, que ataca o sistema respiratório.

A ornitose é uma enfermidade infecciosa aguda que acomete o sistema respiratório inferior e superior. Já a salmonelose é grande conhecida, sendo uma infecção no sistema digestivo. As dermatites e alergias são provenientes de resquícios de penas e dos ninhos, quando em contato com ácaros ou piolhos de pombos, por exemplo.

Uma variedade de medidas pode ser tomada para evitar tais complicações. Elas devem ser executadas para manter longe os transtornos. Estas enfermidades, quando não tratadas, podem adquirir sérios contornos.

Salmonelose
Esta doença é provocada pela bactéria Salmonella sp. A transmissão ocorre quando dejetos dos pombos entram em contato direto com o meio ambiente, com os alimentos ou com a água. As fezes secas podem ser espalhadas pela ação do vento, com isto, pessoas e objetos acabam contaminados. Nos pombos a enfermidade é responsável por uma alta mortalidade entre as aves jovens.

As mais velhas quando atingidas não tendem a demonstrar sintomas, agindo como transmissoras da bactéria. Nos homens os sinais mais evidentes são dor de cabeça, febre, vômitos e enjoo. Leves dores abdominais são sentidas, assim como pode haver diarreia. Esta espécie de infecção não costuma ser grave em adultos, no entanto, é bem preocupante em crianças e em idosos. Outros animais que transmitem a salmonelose são o cachorro, o gato, o boi e o rato, por exemplo.

Ornitose
Provocada pela Chlamydia psittaci, a ornitose é transmita através da inalação de ar com gotículas de secreção de pombos doentes. Nos homens está infecção não costuma manifestar muitos sintomas, sendo que se parecem muito com os de uma gripe comum, durando em média 1 a 2 semanas.

Nos animais a doença provoca secreções no bico e inflamação nos olhos. As narinas ficam obstruídas e as aves começam a respirar com o bico aberto. A enfermidade progride para uma bronquite, levando a respiração a se tornar ruidosa. Posteriormente fígado e baço são também a acometidos. Animais já debilitados e aves jovens são os que mais correm o risco de morrer. Esta doença não deixa imunidade duradoura e costuma voltar a se manifestar. Algumas aves podem se tornar portadoras da enfermidade mesmo se mantendo sadias, com isto contaminam as demais. Númeras espécies de aves podem transmitir a doença.

Criptococose
Esta é uma doença provocada pelo fungo Cryptococcus neoformans. Transmitida pelas fezes dos pombos, acredita-se que os homens, ao inalarem ar com resquícios dos dejetos, acabam contaminados. Esta enfermidade não acomete as aves, entretanto, o fungo causador consegue viver muito bem nas fezes destes animais. Quando os dejetos são eliminados nos pombais ou no solo, os microrganismos ali passam a viver e a proliferar.

Nos homens a doença é grave. Ela tende a atacar principalmente o cérebro, provocando meningoencefalite. Além disto, causa lesões no pulmão e costuma atingir diversos outros órgãos como os rins, o fígado, os ossos e até a pele. A progressão da enfermidade é lenta, porém muitas vezes fatal. Os casos são, no entanto, bastante raros.

Não existe até o momento o registro de transmissão por outros animais. É preciso tomar muito cuidado com as populações de pombo e evitar ao máximo o contato. Diversas medidas podem ser tomadas com o intuito de prevenir esta e outras doenças. Segue algumas mais abaixo.

Dicas para evitar as doenças
É importante que todas as pessoas tenham consciência do perigo que estão correndo quando em contato com estas aves. A população como um todo deve ser orientada no sentido de não alimentar pombos, pois o hábito aumenta ainda mais o número de animais.

Criar uma barreira física em casa é uma boa medida, desta forma, eles ficam impedidos de entrar. Alvenaria e material resistente devem ser instalados nas aberturas por onde as aves tendem a adentrar. Existem também no comércio alguns repelentes de pombos. Estes produtos precisam ser aplicados em telhados, em beirais e em outros locais que os animais pousam. A substância os deixa longe do contato humano, prevenindo com isto a possibilidade de contaminação e de doenças.

Caso haja contato com as fezes destas aves, lave bem a região com solução desinfetante, assim como mesas ou lugares em que eles possam ter pousado. Pessoas que manipulam tais animais todos os dias necessitam manter uma excelente higiene corporal. Os pombais também devem estar sempre limpos e livres de fezes, de forma a evitar complicações.

Além das doenças outros problemas são provocados por pombos como entupimentos de calhas, danos a antenas de TV, pinturas de carros e contaminações de terra. É preciso haver um controle da população destes animais.

Fonte: http://bit.ly/2u3H2Ax

Foto: Pixabay