• Pragas urbanas aumentam no verão. Saiba quais os riscos à saúde

    Pragas urbanas aumentam no verão. Saiba quais os riscos à saúde
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    Nas estações mais quentes do ano, como o verão, aumentam as pragas urbanas – como mosquitos, baratas, ratos e escorpiões. Elas trazem inúmeros riscos à saúde, mas podem ser afastadas com medidas simples de higiene, segundo o biólogo Claudio Maurício de Souza, do Instituto Vital Brazil.

    De acordo com ele, todas as pragas devem ser vistas com preocupação pelos danos que podem causar à saúde, mas algumas se destacam.

    “Do ponto de vista epidemiológico, os mosquitos são os mais perigosos porque transmitem doenças como dengue, chikungunya e febre amarela.”

    Segundo o biólogo, “dependendo da região do país, pode haver aumento de um grupo de agentes transmissores específico nos meses mais quentes do ano, como acontece no Nordeste e Centro-Oeste".

    O especialista também destaca o aumento de acidentes com aranhas, lagartas, abelhas e escorpiões, que são animais peçonhentos. Este último é o mais perigoso.

    “Todos eles são venenosos. Aqui no Brasil, tem o escorpião amarelo que tem o veneno muito tóxico, se reproduz muito rápido e consegue viver dentro das casas”, ressalta o especialista.

    Ele alerta para o fato de que crianças, no geral, são mais vulneráveis a doenças causadas por pragas, especialmente ao envenenamento por meio da picada de escorpião, que pode levar à morte.


    “Isso acontece porque o sistema imunológico é frágil e por causa da relação entre quantidade de veneno e peso: quanto mais baixo o peso, mais rápido o veneno se distribui pelo corpo”, explica.

    Nesse caso, a orientação é procurar socorro imediatamente. “O soro antiescorpiônico deve ser aplicado o mais rápido possível, assim que a criança chega ao hospital”, enfatiza.

    Souza também destaca que roedores podem causar leptospirose — infecção aguda transmitida pelo contato com a urina desses animais. Os sintomas são febre, dor de cabeça, muscular e sangramentos. Pode ser fatal se não houver tratamento.

    Já baratas e moscas geram doenças bacterianas e podem contaminar alimentos, assim como as formigas.

    Acúmulo de lixo e água atrai pragas
    Locais com acúmulo de água, lixo, entulho e frestas atraem mais pragas. Entretanto, elas podem estar presentes em todos os lugares.

    “As pragas urbanas se especializaram em viver perto do homem, então, áreas de luxo também estão propensas a elas”, esclarece.

    Medidas simples de higiene previnem o aparecimento de pragas. “É necessário afastar fontes de alimentos, como restos de comidas e monitorar o que entra e sai das casas”, aconselha Souza.

    Quando o biólogo está em trabalho de campo, ele identifica os “4 As”: o meio pelo qual a praga teve acesso à residência, seu abrigo, quais são seus alimentos e sua fonte de água.

    “Qualquer fresta dentro de casa pode servir de abrigo para pragas. Elas podem ficar embaixo de móveis, atrás de cortinas e em armários que estão sujos e úmidos”, afirma o especialista.

    “Baratas são alimentos para escorpiões, então sempre estão associadas ao aumento deles”, completa.

    Procura por dedetização quase triplica no verão
    Souza alerta que a dedetização só deve ser feita quando for realmente necessária.

    “É só em último caso, o responsável técnico vai indicar a necessidade. Apenas empresas especializadas e com produtos registrados pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] podem realizar”, destaca.

    De acordo com pesquisa Tempo Tem, startup que oferece serviços para casas e automóveis, a procura pela dedetização chega a triplicar em janeiro se comparada com os meses de junho ou julho. Em 2018, a diferença foi de 182%.

    Bianca Amaral, diretora da empresa, ressalta que fazer a dedetização com profissionais não habilitados pode trazer riscos para as pessoas, os animais e o ambiente.

    Segundo ela, o ideal é que a casa esteja limpa e organizada antes de ser dedetizada. Durante a aplicação do inseticida, a casa deve estar vazia para evitar a exposição de pessoas e animais ao produto químico.

    "Após a aplicação, é importante que o ambiente seja arejado e esteja seco para a entrada dos moradores. O período [de afastamento] pode variar entre 6 e 8 horas", explica Bianca.

    "Crianças, idosos e animais requerem sempre mais cuidados, por estarem em grupo de sensibilidade maior. Desta forma, recomendamos, se necessário, aumentar o tempo para retornar ao imóvel", acrescenta.

    Fonte: noticias.r7.com
    Foto: Freepik

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