• Covid-19 impacta setor de controle de vetores e pragas

    Covid-19 impacta setor de controle de vetores e pragas
    Compartilhar:

    Com a pandemia do novo coronavírus, muitos estabelecimentos e comércios se encontram fechados, ocasionando uma nova preocupação, além da Covid-19, outras doenças podem surgir e sobrecarregar ainda mais o sistema público de saúde. Os novos hábitos adquiridos no isolamento social, com aumento da quantidade de resíduos domésticos, podem ter ajudado na proliferação dos agentes transmissores de doenças, como dengue, zika, chikungunya, leptospirose, entre outras. Diante desse contexto, a solução seria os serviços de controle de vetores e pragas, entretanto, com o receio de contrair o vírus, muitos clientes cancelaram ou preferiram evitar as atividades dos profissionais para a dedetização.


    Apesar do cenário atual, as empresas deste ramo estão buscando se reinventar e obter confiança dos seus consumidores. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag) em parceria com o Sindicato das Empresas e Controles de Pragas (SindPrag), houve resultados positivos e negativos na área. Na pandemia, cerca de 15% das empresas conseguiram ter um faturamento superior a 20%, outras tiveram queda de até 40% no rendimento, enquanto quase 30% dos profissionais conseguiram manter a estabilidade.


    Impacto
    Carlos Peçanha, presidente da Federação Brasileira das Associações de Controladores de Vetores e Pragas Sinantrópicas (Feprag), comenta os impactos do setor durante a pandemia. “Muitos clientes cancelaram contrato com as empresas do setor. Com isso, houve uma queda no faturamento e as chamadas diminuíram. Pessoas que faziam trabalho doméstico pararam de chamar os profissionais por medo de ser contaminados. Com a retração econômica, nosso mercado teve um impacto muito forte, porém tivemos uma surpresa, houve clientes que continuaram os serviços.

    Na área da saúde os pedidos foram frequentes até porque as pragas, infelizmente, não estão em quarentena ”, afirma Carlos Peçanha.
    O presidente da Feprag destaca ainda que várias empresas da categoria se adequaram para atender aos clientes em meio a crise. O desafio foi a queda das atividades. “O segmento conseguiu se reinventar oferecendo serviço de desinfecção, um trabalho necessário e fundamental. Hoje, conseguimos o reconhecimento da Anvisa e do Ministério da Saúde que reconhece nossos serviços como indispensável”, completa.


    Resultados
    De acordo com Flávio Monte, presidente da Associação das Empresas de Controle de Pragas do Ceará (Aceprag), muitos empresários conseguiram driblar a crise e adquirir rendimento. Mais de 14% dos estabelecimentos cresceram durante a pandemia, 30% continuaram no mesmo patamar, e 56% tiveram uma queda bem significativa. “Nossos serviços sofreram impacto, pois devido ao cenário vigente, nosso setor foi envolvido, mas para desinfetar escorpiões e cupins foi raramente utilizado” pontua.


    Apesar disso, cerca de 90% das empresas de controle de vetores não tiveram funcionários contaminados pela Covid-19. O baixo número se deve pelo fato de que, quando as primeiras notícias sobre o coronavírus foram anunciadas, de imediato foi estabelecido um protocolo mínimo de biossegurança que frisou o distanciamento social junto aos contratantes, o uso adequado dos EPIS, entre outras medidas.

    Foto: mdcontroledepragas
    Fonte: www.oestadoce.com.br

    VOLTAR
    Compartilhar: