• Saiba como é possível reconhecer um animal peçonhento

    Saiba como é possível reconhecer um animal peçonhento
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    Todos os anos, cerca de 100 mil acidentes são causados por animais peçonhentos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Escorpiões, cobras e aranhas são as espécies mais comuns responsáveis por esses incidentes e suas toxinas podem causar prejuízos grandes para a saúde, inclusive a morte. Entenda:

    Venenoso ou peçonhento?
    Animais venenosos produzem veneno, mas não possuem dentes ou ferrões para inoculá-lo. O envenenamento é passivo por contato, compressão ou ingestão — quando a pessoa toca ou pisa em uma taturana sem querer, por exemplo. Já os peçonhentos não só produzem veneno, como têm estruturas para secretá-lo.

    Como reconhecê-los?
    Não há uma regra para identificar se um animal é peçonhento ou não, por isso o ideal é ter alguma noção das características das principais espécies presentes no Brasil e seus representantes peçonhentos. Isso ajuda, inclusive, durante o tratamento, que em geral é realizado por meio da administração de soros específicos para cada animal.

    Escorpiões
    Os escorpiões mais perigosos no Brasil são os do gênero Tityus: escorpião-amarelo (tronco escuro e resto do corpo amarelado), marrom (tronco marrom escuro e resto do corpo com manchas escuras), amarelo-do-nordeste (tronco amarelo escuro, com uma faixa escura longitudinal e um triângulo) e o preto-da-Amazônia (totalmente preto).

    Cobras
    As cobras peçonhentas do Brasil têm algumas características em comum: a fosseta loretal, que é uma espécie de “buraquinho” entre os olhos e as narinas (somente a cobra coral não tem a estrutura, mas podem ser reconhecidas pelo padrão de cor único, com anéis vermelhos, pretos e brancos no comprimento) e cabeça triangular. Algumas, como a jararaca, a urutu-cruzeiro, a jararacuçu, a jararacão, a cortiara e a caiçara, têm um padrão em comum na pele: manchas que parecem um “V” invertido.

    Aranhas
    Para as aranhas, o processo é feito por exclusão das mais perigosas, visto que todas as outras são relativamente inofensivas. O primeiro passo é reconhecer se é uma aranha marrom, uma das mais perigosas que existem e presente em todas as regiões do Brasil. Elas têm coloração uniforme, tamanho médio e seis olhos (diferentemente de oito, como é o comum). O local onde forem encontradas também traz indicativos: cascas apodrecidas, sótãos, armários e banheiras.

    O segundo, é verificar se a espécie é uma viúva negra. Comuns no litoral ao norte do Rio de Janeiro, têm cor negra brilhante, uma mancha vermelha no abdômen e patas afuniladas. Gostam de viver em grupos e em lugares úmidos e escuros, como frestas e pilhas de lenha.

    Finalmente, identifique se trata-se de uma aranha armadeira, a terceira mais comum no Brasil. Não produz teias, tem coloração em tons de cinza a castanhos, oito olhos em três filas e patas com faixas pretas. Vive em troncos de árvores, buracos na terra e entre folhas de plantas como bananeira e bromélias. Tem hábitos noturnos e é bastante agressiva, conseguindo saltar até 40 centímetros.

    Fonte: Revista Galileu

    Foto: Freepik

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