• Casca de caramujo pode ser criadouro do Aedes aegypti

    Casca de caramujo pode ser criadouro do Aedes aegypti
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    A casca do caramujo africano (Achatina fulica) pode servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, alerta a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com a morte do molusco, a concha que ele carrega nas costas demora muito tempo para se degenerar e pode acumular água de chuva. Para evitar esse problema, é preciso que o bicho seja eliminado e descartado corretamente.

    "Uma das maneiras de fazer o descarte é queimar e enterrar as carcaças. O mesmo destino deve ter seus ovos, impedindo, assim, a proliferação dessa espécie. Mas, para fazer isso, é preciso proteger as mãos com um saco plástico ou luvas, evitando qualquer contato com o molusco", explica o pesquisador em helmintologia e malacologia médica da Fiocruz Minas, Omar dos Santos Carvalho.

    Segundo ele, esse cuidado é necessário porque o molusco é hospedeiro de um verme, o Angiostrongylus cantonensis, agente de uma doença que provoca a inflamação das meninges – membranas que recobrem o cérebro – e pode ser confundida com a meningite por ter sintomas bem parecidos.

    No homem, a contaminação pelo Angiostrongylus cantonensis ocorre por meio de larvas contidas no muco produzido pelo caramujo durante sua locomoção. A transmissão também pode ocorrer pela ingestão de hortaliças e frutas, contaminadas pela larva do bicho.

    É importante salientar, entretanto, que o caramujo africano não é o único hospedeiro do Angiostrongylus cantonensis. Em 2008, após uma notificação de caso suspeito de contaminação pelo verme no município de Cariacica (ES), a equipe do Laboratório de Helmintologia e Malacologia Médica da Fiocruz Minas realizou um estudo, que identificou a presença do verme em quatro espécies de moluscos, entre elas o caramujo de jardim e a lesma.

     

    Fonte: brasil.gov.br

    Foto: Internet /Google /Divulgação

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